Marlene era uma criança muito levada e aprontou muito quando pequena. Aos 7 anos, ela resolveu montar a cavalo em cima de um cachorro que nem conhecia. O resultado foi que Marlene levou uma mordida e precisou levar quatro pontos no rosto.
Outra trapalhada da menina Marlene foi costurar a própria mão quando a mãe, que costurava um vestido na máquina de costura, precisou ir à cozinha!
Nos primeiros anos de colégio, ela sempre ficava de castigo por causa das confusões que arrumava, mas foi na escola que ela começou a estudar violão e a música entrou na sua vida.
Depois de cantar no Cassino Icaraí, ela se apresentou junto à Orquestra do Cassino da Urca em Buenos Aires, levada pelo produtor Carlos Machado. Ao voltar, continuou cantando no Cassino Icaraí, ocupando o lugar de Linda Batista — a primeira Rainha do Rádio, coroada em 1937.
Aos 16 anos, Marlene saiu da escola e procurou um emprego. Ela queria ajudar a família a aumentar a renda e foi trabalhar como secretária-arquivista numa empresa e, logo depois, como secretária na Federação de Estudantes.
Em 1947 foi cantora do Copacabana Palace, importante hotel que fica na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ganhando o apelido de Rainha do Copa.
Em 1948, Marlene foi contratada pela Rádio Nacional, estreando no programa do Radialista César de Alencar. Em 1949, participou do concurso de Rainha do Rádio, do qual saiu vencedora
Outro programa de sucesso foi com o radialista Manoel Barcellos - ouça aqui o trecho de abertura do programa em que Marlene se apresentava ao lado de Manoel.
O Cassino Icaraí é hoje o Teatro da Universidade Federal Fluminense.